Começam a pipocar, aqui e ali, movimentos estaduais tendentes a criar conselhos estaduais de comunicação, cuja missão é o de fiscalizar e monitorar a mídia local. Como estamos vivendo momentos de apostasia, a população nem se toca do absurdo que se está perpetrando. E, infelizmente, quando se der conta já teremos passado dos limites. O fato é que isso caminha, de baixo pra cima, para atingir o nível Federal, e aí se salve quem puder, inda mais se tivermos um governo com dois terços do Legislativo no bolso. Diante deste horizonte tenebroso, é extremamente necessário que a comissão de frente das entidades que tem voz ativa estejam ocupadas com pessoas comprometidas com o Estado Democrático de Direito. Nesse sentido, deve-se louvar o atual presidente da OAB, que já saiu em campanha contra os tais fiscais da mídia. Outro que se posicionou contra os conselhos foi o desembargador paulista e candidato à presidência da AMB, Nelson Calandra, lembrando que "possíveis desmandos da mídia já têm meios suficientes para enquadrar aqueles que cometem atos contra o direito do cidadão".
Por Migalhas